O terceiro dia da Campus Party 2013, o maior evento tecnológico do Brasil, começou com a notícia de que ratos teriam sido avistados na proximidade de um dos restaurantes. Segundo a organização do evento, os animais vieram de fora, pois o Anhembi passou recentemente por uma série de desratizações e desinsetizações.
Às 13h, a ativista Rainey Reitman, diretora da Electronic Frontier Foundation (EEF), subiu ao Palco Principal para falar sobre privacidade na web e nas redes sociais. Em sua palestra, ela mostrou como emails, chats e messengers de ativistas, usados para entrar em contato com suas fontes, podem ser monitorados pelos governos. “As mesmas tecnologias que são usadas para desenvolvimento e evolução da tecnologia são usadas para censura e vigilância de cidadãos“, afirmou.
Reitman também falou sobre ferramentas que podem ajudar a preservar a privacidade online e deixou um recado aos brasileiros: “Os usuários de internet do Brasil precisam se envolver com o Marco Civil. O País precisa de uma organização que lute pelo direito à privacidade na internet.”
Logo depois, também no Palco Principal, foi a vez do debate sobre o Marco Civil da Internet, o projeto de lei que busca ajudar a garantir os direitos dos usuários da rede. A deputada federal Manuela d’Ávila; o diretor-presidente do NIC.br, Demi Getschko; o assessor da Secretaria de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Guilherme Almeida; o professor Carlos Affonso Pereira de Souza e a advogada Raquel Gatto debateram sobre a nova legislação, que pretende unificar as normas sobre danos e violações na internet.
Às 19h, ainda no Palco Principal, aconteceu o keynote mais esperado do dia. Nolan Bushnell, fundador da Atari, contou um pouco de sua história desde a criação do primeiro game até hoje. Considerado o pai da indústria de videogames, foi o único chefe do lendário Steve Jobs. “Uma vez, eu disse a Steve, se você tiver uma ideia e 99% das pessoas acharem que esta ideia é maluca, e só 1% disser que é uma boa ideia, e esse 1% for você, siga adiante. As coisas que parecem malucas são as coisas que devem ser feitas”, disse.
Bushnell afirmou que os games são a forma mais rápida de educar as pessoas. “Os videogames ensinam mais rápido do que qualquer mídia já inventada. Em 5 anos, poderemos ensinar até dez vezes mais rápido”.
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