Kevin Mitnick – o mais famoso hacker norte-americano, que roubou dados de grandes empresas como Nokia e Motorola e que foi por muito tempo um dos mais procurados pelo FBI, foi preso e depois de liberado e chegou a ficar proibido de usar qualquer dispositivo tecnológico de comunicação – esteve na terça dia 26 na Campus Party com a palestra “A arte de enganar”, lotando o palco principal e suas proximidades.
Em sua apresentação ele demonstrou que o real problema da segurança nas grandes corporações é o ‘fator humano’, por mais que hardware e software garantam a segurança, muitas vezes um usuário incauto inadvertidamente “entrega” senhas ou instala aplicativos maliciosos, ignorando as precauções necessárias.
Para ele, a melhor forma de garantir a segurança em uma rede seria combinar tecnologia e treinamento de pessoal, instruindo os usuários sobre as formas mais comuns de captura de informações e treinando-os sobre as melhores formas de guardar senhas e dados confidenciais.
Para fianlizar Mitnick pediu o número de celular de um dos participantes da palestra e o digitou em um sistema criado por ele. Em poucos segundos, uma chamada com o telfone do participante da palestra apareceu na tela do aparelho do palestrante. O celular estava clonado. Ele usou a clonagem para demonstrar uma das vulnerabilidades de segurança mais comuns hoje em dia. “Se você recebe uma chamada de um número da empresa em que trabalha, por exemplo, vai se sentir mais à vontade para compartilhar informações importantes. Mas com esse tipo de solução que mostrei, posso perfeitamente me passar por outra pessoa usando um número de celular que não é meu“, afirmou.
Ao final da palesra, Mitnick pediu para que se formasse uma fila para distribuir seu cartão de visitas. Feito em aço recortado, o cartão “Lockpick” imita ferramentas para abrir fechaduras. Foi uma verdadeira corrida ao palco, uma confusão, tudo para conseguir um suvenir do superstar digital.
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